Em ato unificado em SP, centrais sindicais convocam paralisação nacional caso Reforma da Previdência vá à votação

Com paralisações e manifestações em todos os estados do país desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (10), Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos, os trabalhadores brasileiros deram o recado: vai ter muita luta e resistência contra as reformas de Temer e do Congresso.

No ato unificado realizado na Praça da Sé, em São Paulo, estavam presentes as direções de todas as centrais sindicais brasileiras que deram o aviso: caso o governo marque a votação da Reforma da Previdência será convocado um dia de paralisação nacional. A proposta foi colocada em votação e aprovada simbolicamente pelos mais de 10 mil manifestantes presentes no ato.

“Essa decisão é muito importante, pois aponta uma perspectiva para os trabalhadores e prepara a continuidade da luta”, disse o integrante da Secretaria Executiva Nacional da central sindical e popular CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.

“Desde a madrugada desta sexta, tivemos pelo país manifestações em todos os estados, com paralisações nas fábricas, canteiros de obras, locais de trabalho, protestos nas estradas e periferias. Os trabalhadores, mais uma vez, dão demonstração de disposição de luta e resistência. Portanto, nossa tarefa é desde já preparar nas bases a construção dessa mobilização”, disse Atnágoras Lopes em uma primeira avaliação do dia de lutas.

Jogar todos os esforços para construir uma nova Greve Geral no país, a exemplo do que realizamos em abril deste ano, é o desafio nas próximas semanas, segundo o também integrante da SEN da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha.

“O Movimento Brasil Metalúrgico unificou as lutas nas campanhas salariais contra a Reforma Trabalhista e tem conseguido renovar os acordos coletivos sem perda de direitos. Temos um exemplo de que com luta é possível barrar os ataques. Por isso, para impedir que os corruptos do governo Temer e do Congresso aprovem a Reforma da Previdência, precisamos realizar uma forte Greve Geral que pare o país”, afirma Mancha.

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