Salvador recebe pela primeira vez workshop sobre Cidade Resiliente

O que a cidade espera para o futuro e como solucionar problemas de maneira a melhorar a vida dos cidadãos. A reflexão sobre o assunto foi um dos motes principais do 1° Workshop Salvador Cidade Resiliente, que reuniu líderes e especialistas focados na construção de resiliência na rede 100 Cidades Resilientes (100RC) – uma organização lançada pela Fundação Rockefeller. A abertura do evento foi realizada na manhã desta quinta-feira (20), na Casa do Comércio, na Avenida Tancredo Neves, com as presenças do prefeito ACM Neto; do presidente da Fecomércio-BA, Carlos Andrade; da vice-presidente sênior da 100 Cidades Resilientes, Bryna Lipper; do diretor de resiliência (CRO) da cidade equatoriana de Quito, David Jácome Polit; e do coordenador de Infraestrutura do Banco Mundial para o Brasil, Paul Procee, dentre outras autoridades.

Durante o evento, representantes do setor público e privado, universidades e comunidade local debateram temas para ajudar a compreender o processo de construção da resiliência e o conceito de resiliência urbana. Na abertura, o prefeito ACM Neto agradeceu pela aprovação de Salvador como membro do 100RC e garantiu que todos os esforços serão realizados para que o conceito de resiliência seja adotado na capital baiana. “Vamos procurar desenvolver um trabalho que sirva de modelo para todo o mundo. A nossa ambição é de uma cidade mais equilibrada e menos desigual nas áreas social e econômica. Para isso, é essencial que Salvador possa planejar o próprio futuro”, completou.

Bryna Lipper ressaltou aspectos como a cultura e a história como pontos fortes de Salvador, e espera que a capital baiana possa contribuir para o desenvolvimento da resiliência e compartilhamento de experiências com a rede. “Essa é uma oportunidade para fazer a cidade pensar de forma diferente, reavaliar seus desafios e suas prioridades. Os esforços de resiliência não só contribuem para Salvador sobreviver aos desastres ambientais, mas também para enfrentar outros problemas, como desigualdade social e desemprego. Quando a cidade incorpora o planejamento de resiliência em seu trabalho diário, ela se torna um lugar melhor para todos”, afirmou a vice-presidente sênior da 100RC.

Seleção – Salvador foi a única cidade brasileira entre as 37 novas cidades-membros a ingressar na rede 100RC este ano. A capital baiana é o terceiro membro brasileiro, juntando-se a Porto Alegre e Rio de Janeiro, que foram escolhidas nas rodadas anteriores. Na qualidade de membro da Rede 100RC, a cidade recebe verbas para contratar um Diretor de Resiliência (CRO), um cargo inovador dentro de governos municipais que envolve um trabalho direto com líderes municipais para o desenvolvimento de uma Estratégia de Resiliência para a cidade.

O valor da verba disponibilizada pela 100RC para cada cidade, principalmente por meio dos parceiros de plataforma, deverá exceder US$1 milhão. No caso de Salvador, o montante será destinado para desenvolver quatro áreas de apoio principais. Uma delas é a orientação financeira e logística para a criação de um cargo novo na administração da cidade: o Diretor de Resiliência (CRO), que liderará as iniciativas de resiliência da cidade. A segunda estratégia é o apoio técnico para o desenvolvimento de uma Estratégia de Resiliência robusta.

A terceira diz respeito a acesso a soluções, provedores de serviços e parceiros dos setores privado, público e acadêmico e ONGs para assistência no desenvolvimento e implantação das suas estratégias de resiliência. Por fim, a quarta estratégia é a afiliação a uma rede global de cidades-membro que poderão se ajudar mutuamente. “O programa permite que Salvador se conecte a outras 99 cidades com diversos perfis, e que vai nos possibilitar a busca de soluções inovadoras para resolver questões históricas da cidade”, pontuou o secretário da Secis, André Fraga.

A 100 Cidades Resilientes (100RC) é uma organização pioneira da Fundação Rockefeller – ajuda cidades no mundo todo a se tornarem mais resilientes para enfrentar os crescentes desafios sociais, econômicos e físicos do século XXI. Mais informações podem ser obtidas no site www.100ResilientCities.org.

Sobre a Fundação Rockefeller – Há mais de 100 anos, a missão da Fundação Rockefeller tem sido promover o bem-estar da humanidade através de dois objetivos: ajudar no avanço de economias inclusivas que buscam um maior compartilhamento da prosperidade; e a construir resiliência ajudando pessoas, comunidades e instituições a se preparar, enfrentar e emergir com mais força de choques agudos e situações de estresse crônico.

A Fundação trabalha com quatro áreas interligadas (avanço da saúde, reavaliação dos ecossistemas, subsistência segura e transformação das cidades) para abordar as causas dos desafios emergentes e criar mudanças sistêmicas. Através da colaboração de parceiros e concessionárias, a entidade busca incentivar e expandir inovações transformadoras, criar parcerias incomuns entre diferentes setores e assumir riscos que outros não podem – ou não querem – assumir. Para mais informações, acesse www.rockefellerfoundation.org.

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