Prefeitura avalia risco de queda de árvores no Dique do Tororó

A Secretaria Municipal de Manutenção (Seman) realiza vistoria na estrutura, terreno e entorno das árvores que cercam o Dique do Tororó, no Centro de Salvador. A ação ocorre após uma equipe técnica da pasta remover um galho de quatro metros que se desprendeu de um Flamboyant com aproximadamente 50 anos, na manhã desta quinta-feira (6), por conta das chuvas que castigam a cidade. Devido ao incidente, uma das pistas da Avenida Presidente Costa e Silva foi parcialmente obstruída, complicando o trânsito na região entre 10h e 11h. Apesar do transtorno, não houve registro de vítimas.

Esta foi a décima árvore comprometida por conta das chuvas na cidade desde o início de 2017. A vistoria ocorre até o fim da tarde, acompanhada do serviço de poda em todo entorno do Dique. A previsão da Seman é recolher cerca de 5 toneladas de entulho resultante do serviço. Ao final da operação, que envolve cerca de 40 homens e cinco veículos, todo o material recolhido será encaminhado ao aterro sanitário da capital.

Chuvas – Durante a temporada das chuvas, o risco de queda de árvores aumenta significativamente em Salvador, tornando a situação uma das solicitações mais frequentes feitas à Defesa Civil no período. Desde o início de 2017, a Codesal já recebeu 13 solicitações de emergência relacionadas a árvores caídas, cinco delas durante a Operação Chuva. As ações de controle são realizadas diariamente pela Seman. Em 2017, a secretaria já realizou cerca de 12 mil podas, com a intensificação dos trabalhos desde o mês de janeiro, numa média de quatro mil controles mensais. Com o início da Operação Chuva, a meta é chegar a cinco mil por mês.

O trabalho ocorre de forma sistemática a fim de garantir a circulação de pessoas e veículos na cidade, prevenindo o risco de que uma árvore em más condições estruturais tombe na via pública. Nos casos considerados irrecuperáveis, a medida adotada é a supressão do vegetal, cuja média anual registrada pela Seman desde o início da gestão é de 10 árvores erradicadas e mais de 126 mil unidades podadas.

“A raiz das árvores cresce acompanhando os galhos. Isso passa a ser um grande problema quando a presença do vegetal começa a interferir na iluminação, na segurança pública e nos imóveis ao redor. Dessa forma, é necessário o controle sistemático para garantir o bem-estar das pessoas, assim como a preservação dos bens públicos”, explica o secretário Marcílio Bastos (Seman). Outro agravante da falta de manutenção, segundo Bastos, seria a destruição do calçamento, do asfalto e das estruturas das construções pelo crescimento exagerado das raízes.

Controle – A poda é necessária para adequar o vegetal ao espaço urbano, eliminar riscos referentes a quedas de galhos secos e podres, além de pragas como a “Erva de passarinho”. Outro aspecto considerado refere-se à melhora do paisagismo urbano. A erradicação é realizada somente após vistoria de engenheiro agrônomo. Deve-se constatar risco iminente à integridade física das pessoas, do patrimônio publico e do patrimônio particular. Também é realizado o trabalho se forem verificados danos às redes de drenagem, saneamento e abastecimento de água, ou quando se constata estado fitossanitário comprometido.

Da totalidade de árvores erradicadas em Salvador, cerca de 80% se encontram em encostas e áreas de risco, sendo compostas de espécimes invasoras como Ficus, Gameleira, Imbaúba e Mamoneira. Estas árvores estão, em sua maioria, na região central e histórica da cidade, danificando e degradando o patrimônio histórico e cultural com risco de queda sobre pessoas, casas e vias de trafego.

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