Sessão Especial reflete ligação entre desmatamento de Biomas e crise hídrica

Com a presença do arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, a Assembleia Legislativa da Bahia realizou, nesta sexta-feira (17), Sessão Especial da Campanha da Fraternidade 2017, Biomas Brasileiros e Defesa da Vida. A atividade proposta pelo deputado Marcelino Galo (PT) refletiu a necessidade de maior conscientização da sociedade para proteção dos Biomas Brasileiros, fundamentais à biodiversidade, à produção de água e para a vida. Na Bahia estão presentes os biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga, esse que ocupada 54% do território do estado, mas tem 50% de sua área destruída. Para Galo, que coordena a Frente Parlamentar Ambientalista, a Campanha da Fraternidade 2017 é “importantíssima” porque “apresenta um debate e provoca uma reflexão necessária, não só para os católicos, mas para toda sociedade da necessidade de preservarmos as nossas riquezas naturais”. O parlamentar, que fez duras criticas ao desmatamento e ao uso indiscriminado de agrotóxicos na produção de alimentos, avaliou que preservar o meio ambiente é garantir também a produção de água, “já que água não se produz em barragens”, e “assegurar, portanto, a vida”.

O desmatamento dos biomas brasileiros tem conexão, enfatizou o arcebispo Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, com a crise hídrica vivida no país. “A gente percebe que com a água tudo ressuscita, tudo se renova, mostrando que o que temos que fazer é a aprender a preservar a natureza. Preservando cada vez mais o que a natureza nos dá e que tem relação direta com nossas vidas”, refletiu o arcebispo, que elogiou a realização da atividade na Assembleia Legislativa. “Precisamos multiplicar inciativas como esta da sessão para que esse tema tome conta do país e a sociedade discuta sobre algo que é muito importante e que tem relação direta com nossas vidas”, pontuou Dom Murilo.

Professor e pesquisador do Departamento de Zoologia do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, Ricardo Dobrovolski avaliou, com base em trabalhos apresentados, que quando se destrói o meio ambiente, não há melhora no desenvolvimento humano. “Depois da destruição, na verdade, estamos mais pobres”, pontou o acadêmico, ao refletir que há como aumentar a produção agrícola, com o uso de tecnologias, sem que seja preciso aumentar áreas desmatadas.

Também participaram da atividade os secretários de Meio Ambiente, Geraldo Reis, da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Carlos Martins, a Secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, os deputados Nelson Pelegrino e Maria Del Carmen, o ex-deputado Yulo Oiticica, Padre Zé Carlos, Padre Jorge Brito, representantes da Pastoral da Saúde, da Renovação Carismática Católica e de grupos ambientalistas.

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