Alexandre de Moraes nega proximidade com PCC, plágio e atuação profissional da esposa

Em sua sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o ministro licenciado da Justiça Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente da República, Michel Temer, para o Supremo Tribunal Federal (STF), foi questionado a respeito de pontos polêmicos da sua biografia. As perguntas vieram de cidadãos, através do Portal e-Cidadania, e foram usadas com destaque pelo relator do processo de indicação, senador Eduardo Braga (PMDB-AM).

Moraes negou nesta terça-feira (21) qualquer ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção do crime organizado com base em São Paulo. Os cidadãos quiseram saber se ele trabalhou como advogado para membros do grupo.

Segundo Moraes, o escritório do qual era sócio representava uma cooperativa de transportes que emprestou uma de suas garagens para um evento político. Compareceram a esse evento duas pessoas que eram investigadas por relações com o PCC. De acordo com Moraes, o escritório não tinha conhecimento do evento ou da presença dos investigados.

Outro tema levantado através do e-Cidadania foi a acusação de que Moraes plagiou, em um de seus livros, uma obra espanhola. Ele afirmou que seu livro apenas citava trechos de decisões do Tribunal Constitucional da Espanha, que são públicas e também aparecem em outras publicações.

Por fim, os cidadãos quiseram saber sobre a acusação de que Moraes teria omitido a atuação profissional de sua esposa como advogada perante o STF — ela é sócia de um escritório de advocacia que trabalha em áreas que são do escopo da suprema corte.

Moraes afirmou que não há vinculação entre o STF – ou o Ministério da Justiça, pasta que chefiou nos últimos meses — e o trabalho de Viviane Barci de Moraes, sua esposa, uma vez que ela é profissional liberal e não trabalha diretamente para nenhum dos órgãos. O indicado também assegurou que, caso venha a ocupar a vaga no STF e se depare com algum processo no qual o escritório de Viviane tenha se envolvido, ele se declarará impedido e não participará da votação.(Ag. Senado) Foto: Pedro França/Agência Senado

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