PF prende mais um acusado de integrar esquema liderado por Cabral

A Polícia Federal prendeu na manhã de hoje (3) o publicitário Francisco de Assis Neto, que era considerado foragido desde a deflagração da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, desenvolvida no final do ano passado. Assis Neto é apontado pelo Ministério Público Federal como operador do ex-governador Sérgio Cabral na trama que também pode envolver o empresário Eike Batista.  A operação apura esquema usado para ocultar mais de R$ 340 milhões enviados ao exterior.

O acusado teve prisão preventiva decretada pela Justiça e foi detido no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, quando retornou ao Brasil. Ele foi detido hoje (3) por volta das 11h e encaminhado para prestar depoimento na sede da Superintendência da Polícia Federal, no centro do Rio de Janeiro. Segundo a PF, a defesa do acusado já havia informado que ele retornaria ao Brasil para se entregar.

A remessa de valores para o exterior investigada na operação se deu entre 2002 e 2007. Segundo o Ministério Público Federal, o dinheiro acumulado pelo ex-governador com propinas foi espalhado entre contas em paraísos fiscais no exterior.

Segundo a denúncia do MPF, Francisco de Assis Neto teria recebido R$ 7,7 milhões em três meses, e o dinheiro era entregue em um escritório no centro do Rio de Janeiro. Apelidado de Kiko por outros acusados, ele foi assessor da Secretaria de Comunicação Social durante o governo Cabral.

O advogado do publicitário, Breno Melaragno, esteve na Polícia Federal para acompanhar seu depoimento e disse que Francisco de Assis Neto estava de férias com a família no exterior e que adiantou o retorno ao Brasil para se entregar à polícia. Breno informou ainda que um pedido de habeas corpus foi feito e, como seu cliente tem nível superior, a defesa vai pedir que ele seja encaminhado para o presídio de Bangu 8. ( Ag.Brasil ) Foto: Produção

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